O Exame Nacional do Ensino Médio acontece desde 1998, quando seu intuito ainda era somente avaliar o aprendizado no ensino médio no Brasil. Desde 2009, o exame tem como papel fundamental permitir o acesso a universidades públicas e privadas de todo o país.
Os números a respeito do Enem vinham em crescente até 2020, quando a pandemia de Covid-19 impactou diretamente a educação em todo o país. Consequentemente, na edição de 2021, o exame bateu recorde negativo de inscrições desde 2005.
Saiba mais sobre a próxima edição do Enem e os impactos da baixa adesão no mercado de trabalho neste artigo do Caderno Nacional!
Dados: Enem 2021
Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Enem 2021 registrou 3.109.762 inscritos, menor número desde 2007. A confirmação das inscrições se deu após o prazo para o pagamento das inscrições, que terminou no dia 19 de julho.
Contudo, desde antes da data final para o pagamento, o número já havia sido baixo, identificado como o menor desde 2007. O número confirmado de inscritos equivale a 77,5% do total que havia se candidatado inicialmente. A confirmação da inscrição ocorre após o pagamento da taxa, que este ano ficou no valor de R$ 85,00.
Enem digital e Enem impresso
Desde 2020, devido às recomendações de isolamento e distanciamento social para evitar o contágio pela Covid-19, o Enem conta com uma versão digital, que pode ser feita pelos candidatos que já concluíram o ensino médio ou concluirão em 2021.
Diferentemente do que aconteceu em 2020, neste ano as duas versões (impressa e digital) terão as mesmas questões e serão aplicadas nos mesmos dias: 21 e 28 de novembro.
Segundo os dados divulgados pelo Inep, o Enem 2021 disponibilizou 101.100 vagas para o Enem digital, mas apenas 68.891 vagas foram preenchidas totalmente, com a confirmação da inscrição e o pagamento da taxa.
Motivos da baixa adesão e impacto no mercado de trabalho
Embora não haja estudos conclusivos a respeito da baixa adesão dos estudantes ao Enem 2021, alguns fatores se mostram expressivos no contexto de inscritos deste ano. O fechamento das escolas devido à pandemia de Covid-19 é o primeiro deles; com a falta de estudo formal nas escolas, muitos alunos tiveram um ano letivo precário pela falta de estrutura para a educação a distância, o que impacta na confiança para participar da edição de 2021 do exame.
Outro ponto foram as condições para a solicitação da isenção da taxa de inscrição: para ter acesso à gratuidade em 2021, o candidato não pode ter faltado à edição anterior. Contudo, devido à pandemia, a edição de 2020 do exame teve a mais alta abstenção da história, com 55,3% de candidatos ausentes.
Ainda não é possível estimar todas as consequências da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho e na educação do país. No entanto, especialistas afirmam que o Enem 2021 deve ser excludente, uma vez que muitos candidatos deixaram de participar pela dificuldade com o ensino no ano anterior e pela necessidade de ajudar a compor a renda familiar prejudicada pela pandemia.
Com isso, é possível estimar que, nos próximos anos, o mercado de trabalho também reforce mecanismos de exclusão e transpareça essa diferença entre quem pode participar do Enem e manter seus estudos e aprimoramentos profissionais em dia e quem não conseguiu seguir com a formação esperada.
Calendário e outras informações
O Enem 2021 acontece nos dias 21 e 28 de novembro, tanto na versão digital quanto na impressa. No primeiro dia, ocorrem as provas de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas e a redação; já no segundo dia, as provas são de Matemática e Ciências da Natureza.
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